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Pinhalzinho (Santa Catarina)

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Pinhalzinho
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Pinhalzinho
Bandeira
Brasão de armas de Pinhalzinho
Brasão de armas
Hino
Gentílico pinhalense
Localização
Localização de Pinhalzinho em Santa Catarina
Localização de Pinhalzinho em Santa Catarina
Localização de Pinhalzinho em Santa Catarina
Pinhalzinho está localizado em: Brasil
Pinhalzinho
Localização de Pinhalzinho no Brasil
Mapa
Mapa de Pinhalzinho
Coordenadas 26° 50′ 52″ S, 52° 59′ 31″ O
País Brasil
Unidade federativa Santa Catarina
Municípios limítrofes Modelo, Saudades, Nova Erechim e Águas Frias
Distância até a capital 670 km
História
Fundação 7 de dezembro de 1961 (62 anos)
Administração
Prefeito(a) Mario Afonso Woitexem (Cena) (Prefeito em exercício: Neuro Francisco Ozelame) (PSDB, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [1] 128,298 km²
População total (Censo IBGE/2022[2]) 21 972 hab.
Densidade 171,3 hab./km²
Clima Subtropical
Altitude 515 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[3]) 0,783 alto
PIB (IBGE/2008[4]) R$ 323 351,899 mil
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 21 005,06

Pinhalzinho é um município brasileiro do estado de Santa Catarina. Sua população, conforme a contagem do Censo Demográfico de 2022, é de 21.972 habitantes.[5]

Localiza-se a uma latitude 26º50'53" sul e a uma longitude 52º59'31" oeste estando a uma altitude de 515 metros.

Nas terras em que hoje se localiza o município de Pinhalzinho os primeiros habitantes foram povos indígenas. Mais tarde, na década de 1930, começou a imigração de gaúchos em busca de terras. Dos gaúchos, apresentavam-se moradores oriundos de Selbach, no Rio Grande do Sul.

Um desses pioneiros oriundos do Rio Grande do Sul, era José Klassen:[6]

José Klassen e Maria Otilia Klassen, naturais do Rio Grande do Sul, chegaram a Pinhalzinho em 29 de fevereiro de 1948, durante um momento crucial da história do município, ainda em fase inicial de colonização. Naquela época, a cidade contava com apenas oito casas. A viagem foi realizada em um caminhão Chevrolet pequeno até Saudades e, posteriormente, abriram caminho com foice até Pinhalzinho, demonstrando o espírito desbravador do casal. Sua bravura e perseverança abriram caminho para outras famílias, contribuindo para o crescimento populacional e a formação da identidade cultural de Pinhalzinho.[1]

Contribuições para o Desenvolvimento do Município

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Empreendedorismo e Inovação

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Entre 1958 e 1960, José Klassen construiu o primeiro moinho de Pinhalzinho e de toda a região, impulsionando a agricultura local e facilitando a vida das famílias. O moinho moía milho e trigo, descascava arroz e produzia farinha de mandioca, atendendo a uma demanda vital para a comunidade. A inovação atraiu pessoas não somente de Pinhalzinho, mas de toda a região, que vinham a cavalo ou de carroça para utilizar os serviços do moinho. Sua visão empreendedora gerou renda, emprego e desenvolvimento para a região.[2]

Autossuficiência e Habilidade Manual

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José Klassen demonstrou grande habilidade manual ao construir sua própria casa, um galpão alto, e todos os móveis da família. Sua capacidade de criar soluções para as necessidades da família e da comunidade foi fundamental para o desenvolvimento do município de Pinhalzinho.

Liderança e Cooperação

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José Klassen atuava como "mestre" na organização e construção de estradas, essenciais para o escoamento da produção e o acesso à educação e saúde. Reunia um grupo de homens para abrir estradas, liderando-os com eficiência e cooperação.[3]

Fé e Devoção

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José e Maria Otilia Klassen eram devotos e frequentadores assíduos da igreja, contribuindo ativamente para a comunidade religiosa. Após a morte de José, Maria Otilia continuou a desempenhar um papel significativo na vida religiosa da comunidade.

Descendência

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O casal teve vários filhos: Ivo Lucio Klassen, Beno Nilson Klassen, Edivino Klassen, Lauro Klassen, Norberto Klassen, Alzira Klassen, Maria Olivia Klassen e Florentina Klassen.[4][5]

O município conta com um parque industrial diversificado, com destaque para o setor de agroindústrias, madeireiro, têxtil e mecânico. Pinhalzinho se transformou em Polo industrial de produção de Leite, com as duas maiores fabricas da região, a Aurora e a Tirol.

Um dos pontos fortes do município de Pinhalzinho é a educação. Conta hoje com cinco instituições de ensino superior, entre elas, a Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) que oferece os cursos de Engenharia de Alimentos e Engenharia Química, a Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC) e a Horus Faculdades.

Em 2006, recebeu o prêmio de Melhor Gestão da Merenda Escolar, atribuído a poucos municípios do Brasil. No Estado de Santa Catarina obtém a 19ª colocação em qualidade do ensino.

Na educação infantil, Pinhalzinho destaca a inclusão ao Fundeb que proporciona um aumento de recursos para aplicação, inclusive, através da institucionalização do ensino.

O transporte escolar é mantido com recursos próprios e parceria com o Governo do Estado.

Em Pinhalzinho ocorre a Exposição Feira Agropecuária Comercial e Industrial de Pinhalzinho (EFACIP) a cada quatro anos, festa regional do queijo, vinho e salame, e também a feira de agronegócios Itaipu Rural Show, que reúne mais de 40 mil pessoas por ano.

Prefeitos de Pinhalzinho[7]

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  • Guilherme Werlang, de 1961 a 1963
  • José Bruno Weber, de 1963 a 1968
  • Alexandre Grando, de 1968 a 1969
  • Gabriel Schaff, de 1969 a 1973
  • Paulo Junqueira da Silva, de 1973 a 1977
  • Neuro Isidoro Bugnotto, de 1977 a 1980
  • José Wolschick Neto, de 1980 a 1983
  • Darci Fiorini, de 1983 a 1989
  • Clênio José Razera, de 1989 a 1993
  • Remi João Ströher, de 1993 a 1997
  • Darci Fiorini, de 1997 a 2001
  • João Rodrigues, de 2001 a 2002
  • Anecleto Galon, de 2002 a 2008
  • Fabiano da Luz, de 2009 a 2012
  • Fabiano da Luz, de 2013 a 2016
  • Mario Afonso Woitexem, de 2017 a 2024
  • Alessandro Beltrame, de 2025 a 2028

Referências

  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  2. «Censo Populacional 2022». Censo Populacional 2022. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 27 de outubro de 2023. Consultado em 24 de novembro de 2023 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 15 de fevereiro de 2014 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  5. «Index of /Censos/Censo_Demografico_2022/Populacao_e_domicilios_Primeiros_resultados/Resultados_da_2a_apuracao_20231027». ftp.ibge.gov.br. Consultado em 25 de novembro de 2023 
  6. Merigo, Fabiana Paula (22 de fevereiro de 2024.). «PEDIDO DE PROVIDÊNCIA Nº 0017/2024». camarapzo. Consultado em 12 de julho de 2024  Verifique data em: |data= (ajuda)
  7. Prefeitura de Pinhalzinho - HISTÓRICO DE PREFEITOS DE PINHALZINHO Acessado em 14 de abril de 2017

Ligações externas

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